quinta-feira, 13 de junho de 2013

Procurando emprego...



Agora passei de formada para desempregada. Pensando em onde atacar, descobri que o mercado profissional na área de Comunicação Social em minha cidade é muito restrito. Principalmente para quem tem o dobro da idade dos concorrentes.
Geralmente após se formar você sai da Universidade cheia de planos, pronta para salvar o mundo. Cansada de ouvir que a educação do país é uma merda, resolvi agir. Inscrevi-me para dar aulas nos colégios do Estado. Fiz a prova, me classifiquei e fui, no começo do ano (2013), no dia e no local marcado, pegar aulas.  Nunca, em toda minha vida, poderia imaginar a humilhação que passa um professor, The dream is over.

Depois de três horas em pé, esperando pra ser atendida descobri que tinha me apresentado no dia errado. Neste período vi professoras idosas, com criança de colo sem preferência no atendimento. Os funcionários da Delegacia de Ensino pareciam membros da realeza britânica. Conversei com algumas professoras, que aguardavam perto de mim. Elas me disseram que o atendimento melhorou, era muito pior. Voltei no dia seguinte, mais três horas de espera e nada. O esquema é o seguinte, me contaram em off, muitos professores comparecem no dia da Atribuição de Aulas e pegam o maior número de aulas possível, dias depois apresentam atestados médicos, são afastados e as aulas voltam. O famoso QI (Quem Indica) é muito importante. Depois dos professores de carreira são os QIs que pegam as aulas. Nós os iniciantes vamos sendo jogados para o fim da fila. Depois de três dias sem conseguir nada, uma professora me disse que poderia ir direto às escolas próximas da minha casa e me inscrever como professora eventual. Lembra das professoras substitutas? Agora são eventuais, gostei. Rodei o bairro e me inscrevi nas escolas disponíveis. Estou no aguardo.

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