terça-feira, 6 de agosto de 2013

Fui trolada pela GVT


Mês de julho, férias escolares! Fui passar uma semana na casa do meu irmão e da minha cunhada em Sorocaba.
Sobrinhos, filha e neta, todos na bagagem. Passamos uma semana ensolarada e muito divertida.
Neste período reparei que a Renata, minha cunhada, atendeu várias ligações da GVT (operadora de telecomunicações brasileira). O discurso era sempre o mesmo, - Por favo! Parem de me ligar! NÃO QUERO mudar de operadora!
No sábado, penúltimo dia da viagem, o telefone toca às 8h30 DA MANHÃ! Todos dormindo, me desperto e atendo:
- Alô?
-ALÔ!!!! Aqui é da GVT...!!!!
Não esperei ela acabar de falar, mandei dormir e desliguei. Alguns minutos depois, o telefone toca novamente.
-Alô?
- ALÔÔÔ!!! VAI LAVAR LOUÇA!!!! VAI LAVAR UM BANHEIRO!!! ACORDA!!!! Tum, tum, tum...
Fiquei embasbacada! Minha ficha demorou alguns minutos pra cair.

Ser trolada por uma telemarketing, descontrolada, da GVT é f...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quem não chora não mama!!!!




No dia 24 de novembro de 2011, postei aqui no blog uma crítica a mídia com o título "TV educativa, rótulo ou comprometimento?". O texto é uma crítica a TV Unisantos que estava retransmitindo o sinal da TV Cultura na região da Baixada Santista. A TV Unisantos estava colocando no ar alguns programas publicitários e de humor de péssima qualidade. Além da crítica encaminhei vários emails pra TV Cultura manifestando minha indignação. Quando de repente recebo este belo email como resposta:

De:Ricardo Paoletti (ricardopaoletti@tvcultura.com.br)
Enviada:quarta-feira, 27 de junho de 2012 17:50:24
Para:amigos@tvcultura.com.br (amigos@tvcultura.com.br)

TV CULTURA VOLTA A TRANSMITIR SUA PROGRAMAÇÃO COMPLETA NA BAIXADA SATISTA
 Em alguma ocasião nos últimos meses você nos escreveu falando sobre a programação local inserida na transmissão da TV Cultura. Não foi uma nota de elogio – eu reconheço, nossa parceria com a emissora local não o agradou. Você queria a programação completa da TV Cultura sem cortes ou inserções da emissora local.
 Pois isso agora foi feito. 
A parceria da TV Cultura com a emissora local está sendo encerrada. E a TV Cultura volta a transmitir todos os seus programas favoritos, todos os dias, a partir deste domingo, dia 1º de Julho. 
A partir deste fim de semana, a TV Unisantos irá transmitir apenas no canal 40 UHF. Nos demais canais da TV Cultura na Baixada, você terá nossa programação completa.

Veja a lista de canais onde assistir a TV Cultura:
Santos / Guarujá / São Vicente / Cubatão: canal 3

Praia Grande: canal 20 UHF

Mongaguá: canal 42 UHF

Itanhaém: canal 38 UHF

Peruíbe: canal 57 UHF

Manifestações SEMPRE!!!!!! Quem não chora não mama!!!!!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Procurando emprego...



Agora passei de formada para desempregada. Pensando em onde atacar, descobri que o mercado profissional na área de Comunicação Social em minha cidade é muito restrito. Principalmente para quem tem o dobro da idade dos concorrentes.
Geralmente após se formar você sai da Universidade cheia de planos, pronta para salvar o mundo. Cansada de ouvir que a educação do país é uma merda, resolvi agir. Inscrevi-me para dar aulas nos colégios do Estado. Fiz a prova, me classifiquei e fui, no começo do ano (2013), no dia e no local marcado, pegar aulas.  Nunca, em toda minha vida, poderia imaginar a humilhação que passa um professor, The dream is over.

Depois de três horas em pé, esperando pra ser atendida descobri que tinha me apresentado no dia errado. Neste período vi professoras idosas, com criança de colo sem preferência no atendimento. Os funcionários da Delegacia de Ensino pareciam membros da realeza britânica. Conversei com algumas professoras, que aguardavam perto de mim. Elas me disseram que o atendimento melhorou, era muito pior. Voltei no dia seguinte, mais três horas de espera e nada. O esquema é o seguinte, me contaram em off, muitos professores comparecem no dia da Atribuição de Aulas e pegam o maior número de aulas possível, dias depois apresentam atestados médicos, são afastados e as aulas voltam. O famoso QI (Quem Indica) é muito importante. Depois dos professores de carreira são os QIs que pegam as aulas. Nós os iniciantes vamos sendo jogados para o fim da fila. Depois de três dias sem conseguir nada, uma professora me disse que poderia ir direto às escolas próximas da minha casa e me inscrever como professora eventual. Lembra das professoras substitutas? Agora são eventuais, gostei. Rodei o bairro e me inscrevi nas escolas disponíveis. Estou no aguardo.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Formada!!


 Há quatro anos, quando recebi o email do MEC, avisando que havia ganhado uma bolsa de 100% para cursar a faculdade de Jornalismo, quase desfaleci. No dia marcado estava lá. Com todos os documentos em mãos e apreensiva, ainda não acreditando no que estava acontecendo. Matrícula feita, tudo pronto! Lá estava eu, dentro da sala de aula, com mais uns vinte coleguinhas com a metade da minha idade. Não me importei, só queria aprender e aprender. Nos primeiros dias de aula os professores avisavam: - aproveitem porque o tempo passa muito rápido, logo estarão formados.
 Como estava feliz! Devorava tudo que os mestres falavam, li tudo que indicaram, fiz todos os trabalhos com muita dedicação, realmente fui iluminada. Quando ouvi falar que para se formar deveria fazer um trabalho de conclusão de curso, gelei! Meu DEUS, como vou fazer este trabalho? Será que vou conseguir!? Voltar a estudar depois de vinte anos, é complicado, mas não é impossível. Sempre me incomodei em preencher o campo “grau de escolaridade”, só tinha o ensino fundamental completo.
 Voltarei a minha adolescência. Repeti o primeiro ano do ensino médio, antigo colegial. Minha mãe me arrumou um emprego em um escritório e parei de estudar. Sempre pensando em voltar. Três anos depois engravidei e casei, estava com 18 anos. Tive o segundo filho, me separei, mudei para cidade de Santos, casei novamente e tive mais um filho, e o tempo foi passando. Um dia voltando da feira, reparei em uma placa “Escola de jovens e Adultos”, foi aí que tudo recomeçou.
 Realmente os quatro anos de faculdade voaram. Junto com minha colega de sala, Julia Kucharuk, fizemos um curta-documentário sobre AIDS como trabalho de conclusão de curso.
 Finalmente, grau de escolaridade: Ensino Superior Completo!!!!!!!!!!!!!

Segue abaixo o Link do meu documentário.




terça-feira, 13 de março de 2012

Extremo



Iniciei 2011, ansiosa com a chegada da minha primeira netinha. Correrias, preocupações e preparações. Eu, feliz da vida, no dia 12 de março, segui para São Paulo conhecer minha “queridinha”.
Ao mesmo tempo em que comecei a acompanhar os progressos da evolução humana da minha neta, minha mãe começou a apresentar sintomas de regressos.
Enquanto, em uma os dentes cresciam, na outra eram retirados. Sarinha aprendeu a sentar, e Jacy parou de andar. Os primeiros sons da Sarinha misturaram-se com os últimos da Jacy.
Passei o resto do ano convivendo com o extremo da vida. Mesmo vibrando com a chegada de uma nova vida, sofria com a proximidade da morte.
Jacy adquiriu uma doença degenerativa raríssima, que interrompeu sua trajetória de vida, aos 82 anos. Em cinco meses, acompanhei de perto a paralisação de um cérebro, e o desenvolvimento de outro.
Minha mãe sempre foi o pilar da família. Com muito amor, mandou em tudo e em todos. Toda vez que tentávamos discordar, éramos vencidos. Conhecida como Vovó Hulk, pela molecada, era uma mulher de fibra, coragem e ambições. Ver esta grande mulher, tão determinada, deitada, sem saber quem era, olhando para o além, foi muito difícil.
Engatinhando, embaixo da cama hospitalar estava Sarinha. Cheia de energia, cérebro zerado, pronta para aprender a viver. Ambas de fraldas, pomadas para assadura, refeições pastosa, balbuciando alguns sons, banhos no quarto, carrinho de passeio e cadeira de rodas.
A alegria de me transformar em avó, foi fundamental para suportar a dor de perder a mulher mais importante da minha vida. Um mês antes do primeiro aniversário da Sarinha, Vovó Hulk nos deixou. 
Não sei se foi destino ou coincidência, só sei que, a alegria por uma, foi crucial para suportar a tristeza pela outra!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TV Educativa, rótulo ou comprometimento?





Por Simone Menegussi


Enquanto a TV Cultura transmite programas com conteúdos educacionais e culturais de qualidade como, Cultura Documentário, Cine Brasil, Café Filosófico e tantos outros, dois milhões de telespectadores da Baixada Santista, estão recebendo em seus lares, transmitido diretamente pela TV Unisantos, programas com entrevistas publicitárias, sem conteúdo educativo, priorizando e incentivando apenas o lado comercial.
A transmissão da TV Cultura na Baixada Santista está sendo realizada pela TV Unisantos, canal 40 (UHF) e 15 (NET), desde 2002, através de um acordo entre a Fundação Padre Anchieta e a Fundação TV Educativa Universidade Católica de Santos. Antes deste acordo, o sinal da TV Cultura chegava à Baixada Santista através de antenas localizadas na cidade de Cubatão e depois retransmitido para as demais cidades.
Após o acordo entre as fundações, a TV Unisantos é a responsável pela retransmissão do sinal e da exibição de programas regionais.
Há um ano houve mudanças na retransmissão. A primeira mudança foi colocar o logotipo da afiliada ao lado direito, no canto superior do vídeo.  Esta marca traz uma esfera que significa vida, ao mesmo tempo um olho voltado para cima, em busca dos valores superiores e completando a figura, três traços que representam a missão da TV Unisantos: Educar, Dilatar a verdade e Evangelizar, segundo o diretor geral da emissora afiliada, Cláudio Scherer da Silva.
A segunda mudança foi a apresentação de programas regionais. Os programas regionais, apresentados pela TV educativa, como o programa Pedro Alcântara e Classe A, são pastiches do programa Amaury Junior, apresentado pela Rede TV de São Paulo, cujo foco são entrevistas publicitárias e colunismo social. O programa Quebrando a Rotina é outro pastiche do programa humorístico Pânico na TV, também exibido pela Rede TV e de gosto duvidoso. Segue durante a programação outros programas como, Casa e Stilo e Design e Revista By Clô, que exibem desfile de moda e muita publicidade. Completando a grade de transmissão os programas Baixada em foco, Litoral na TV e Conexão Metropolitana, que apresentam entrevistas com políticos da região e algum conteúdo jornalístico. 
Segundo Cláudio Scherer, a afiliada ainda é uma criança recém-nascida. Os gastos com as transmissões são muito altos. A afiliada conta com seis funcionários e os programas regionais transmitidos pela TV Unisantos não são produções próprias. São produtoras independentes que compram os espaços destinados a programas educativos e culturais regionais.
Se a TV é educativa, deve haver um comprometimento com a programação exibida. Ou será apenas um rótulo?
Scherer concorda que a programação atual tem que se adequar a uma TV educativa. ”Os pilares da TV têm que ser preservados. Isso é muito importante, mas como manter uma TV? Ninguém pensa nisso. A própria BBC de Londres (TV pública inglesa financiada pelos cidadãos), com toda ajuda dos contribuintes, tem dificuldades e a TV Cultura também está em dificuldades. Os primeiros passos são muito complicados, você tem que fazer captação de recursos de algum jeito. Não sei se os fins justificam os meios. Neste começo, nossa única renda é a venda destes horários”.
A TV Unisantos é vinculada à Unisantos, mas apesar do mesmo nome, são instituições completamente independentes.
Questionado sobre a possibilidade de uma união entre TV e Universidade para a produção de programas educativos e culturais, Cláudio Scherer afirma: “A Unisantos está se adequando para que possamos ter uma parceria. Os alunos terão este espaço. Queremos um núcleo de produção com os cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo. Daremos total liberdade no editorial e no formato da produção. Já temos inclusive um programa em produção. Eu interfiro muito pouco, também sou professor da Universidade, mas nessa hora tiro o chapéu de professor e uso o de diretor da TV”. 
Toda a programação exibida pela TV Unisantos, tem o aval da TV Cultura, declara o diretor geral.
A TV Cultura, por meio do assistente de marketing, Luiz Felipe Pelosi, diz que a parceira, TV Unisantos, tem direito de transmitir produções próprias no horário que achar melhor. Sugere ao telespectador que caso queira acompanhar a programação da TV Cultura na íntegra que sintonize por antena parabólica. O sinal da TV Cultura está disponível no satélite C-2, sem codificação, ao alcance de qualquer parabólica comum, em qualquer ponto do Brasil.
Cada vez mais os canais de TV aberta estão produzindo programas sem conteúdo. TVs comerciais investem muito pouco na produção educativa e cultural. As TVs educativas têm por obrigação, cumprirem seu papel perante a sociedade.
Segundo o site da TV Cultura, a filisofia da emissora é ter uma programação eminentemente cultural, educativa, informativa, artística e inovadora e não comercial, nem com fins lucrativos; que enfatiza o compromisso com a sociedade e não com o mercado. Não utiliza promoção pessoal, de causas religiosas, comerciais ou partidárias; que dá visibilidade e voz às minorias, buscando apoiar processos de inclusão social. Está sempre comprometida com a veracidade, trabalhando no sentido de universalizar o direito à informação e à comunicação.



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mato brotado


Morro acima, ladeira abaixo, morro acima, ladeira abaixo.
Assim é dar uma volta pela cidade de Cambuquira, estância mineral no Sul de Minas Gerais.
Na parte alta da cidade o cenário é entristecedor. Prédios que um dia abrigaram hotéis e cassinos luxuosos, hoje aguardam calmamente a degradação do tempo. Alguns de tamanhos exagerados sustentam-se por teimosia.
A água com propriedades medicinais brotam nas fontes de um parque balneário adormecido.
A região que outrora recebeu a nata da sociedade brasileira, que usava a desculpa de fazer um tratamento medicinal à base de água, e caia na farra e na jogatina, parou.
Os quase doze mil habitantes sobreviventes do local aguardam dentro de seus lares, apenas olhando pela janela, o desenvolvimento cambuquirense.
As ladeiras de paralelepípedos convivem com o mato em seus vãos. As casas sem pinturas guardam a história de um passado rico e agitado. As famílias de cidadãos empreendedores sobrevivem das sobras de heranças não renováveis. As igrejas católicas disputam os fiéis com as várias igrejas pentecostais. Os raros turistas aventureiros que por ventura aparecem na cidade são disputados quase a tapas.
Cambuquira, do tupi-guarani, mato brotado ou broto de aboboreira, teve muito ouro extraído de suas entranhas. Movimentou fortunas em seus cassinos. Banhou e tratou de muitos enfermos com suas águas minerais. E agora em pleno século 21, padece.
Estava procurando uma cidade tranqüila no interior para passar as férias. Achei.